quarta-feira, 14 de julho de 2010

suspiros |

deixo momentos que serão esquecidos.
deixo minha voz que breve será calada.
deixo meu passos que nunca será seguido.

serei um passageiro,
que simplesmente passa.

levarei minhas paixões.
levarei meus sonhos,
levarei meus medos,

ficará saudades?
ficará lembranças.

sei que serei esquecido,
depois do suspiro,
ultimo suspiro.
meu ultimo ato.

será simplesmente um suspiro

Um comentário:

  1. Desculpe dizer, mas não existe o último ato.
    Deus criou o mundo e continua a criar,
    sabemos que estrelas se apagam, e estrelas
    nascem continuamente.
    Isto é observável.

    Então, porque morreríamos e desapareceríamos?
    E a alma? tadinha...
    A vida é da alma, nós somos suas vestes,
    seus sentidos corpóreos.

    Nós, a roupa, vamos ao pó, mas o que sente em
    nós é para sempre...

    Um amor vai, outro amor vem, o amor é que ama.
    Nunca nos faltará.

    Duro é enterrar os mortos, ou seja, as lembranças...
    Mas é a tarefa ninja do herói, sinto muito
    os que professam outra ideía.

    Nietzsche foi bárbaro quando concebeu Zaratustra,
    quando o descreveu carregando o morto nas costas pela floresta,
    simbolizando nossas lembranças recentes, remotas e ancestrais.

    Vamos viver, meu poeta, há vida aí dentro,
    como aqui dentro, como lá fora.A vida continua.



    Palavra de Carmen.

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