quarta-feira, 11 de agosto de 2010

tudo vai, (o eu)

  • poeta,
lá se vai o poeta cantarolando versos,
juntado o ele no poema

lá se vai o relógio, com o tic-tac,
marcando horas,

tudo forma um ciclo,
um vai e vem,
eu após o eu.

lá se vai o menino crescendo,
vai meus poemas sendo esquecidos,
no esquecimento vou morrendo,

até onde viverei?
até onde viverá o homem?

os atos continuam,
as barreiras prostradas,
os obstáculos vencidos,
entre décadas e décadas,
o eu esquecido!

o eu grita no peito,
sufoca a alma,
valeu a pena?

dentro de mim nenhuma resposta,


outra vez o poeta se cala,
cala a voz, a mente anda,

o que procura?
um distante e calmo repouso para a alma do poeta,
e assim tudo vai!!

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